A pequena Sereia e o Reino das Desilusões

"O único momento em que eu me via feliz no fundo do mar era quando estava cantando, e aí costurei minha boca, na esperança de que um garoto que eu mal conhecia pudesse reabri-la com um beijo."

(Louise O'Neill)

A escritora reescreveu a história usando partes dos contos da Disney e partes dos originais, colocando um toque de feminismo na história. Confesso que no começo eu estava gostando, mas creio que a autora deixou-se levar pelo ódio o que acabou arruinando todo o conto.

A personagem principal é a pequena sereia que aqui se chama Gaia, onde vive com seu pai e suas irmãs em um palácio no fundo do mar, tudo começa em seu aniversário de 15 anos, que é a idade que toda sereia tem a liberdade de ir conhecer a superfície, nessa visita ao mundo de cima, ela acaba encontrando um garoto se apaixonando e salvando a vida dele, mas ninguém pode saber disso, quando volta ao fundo descobre que seu pai deu sua mão em casamento ao seu primeiro comandante que é muito mais velho do que ela. Para fugir de tudo e descobrir o que realmente aconteceu com sua mãe, Gaia decide se encontrar com a feiticeira e fazer um pedido, onde ela dá em troca sua voz.

A história toda traz muito rancor e ódio pelos homens, o abuso contra a sociedade e principalmente contra as mulheres, onde o povo poderia fazer mais, mas não faz. Existe o crescimento da personagem e que em pouco tempo ela percebe seu erro mas ao invés de tentar se corrigir e fazer o certo ela desiste, e escolhe o caminho mais fácil, deixando toda a responsabilidade para suas irmãs mais velhas, que não tinhas forças emocionais como ela conseguiu com sua experiência, ela poderia ter sido maravilhosa, poderia ter feito a diferença, ter mandando na porra toda, mas não, desistiu de tudo. A tentativa da autora de transformar o que é feio em bonito, não deu certo e acabou arruinando ainda mais com um conto que poderia ter sido lindo, mas que acabou sendo algo forçado e desastroso.